Escrevi esse texto logo após a Dilma assumir o poder, mas como no Brasil nada muda, então, tá valendo!!!
Na última eleição, que se tornou histórica para o Brasil, onde pela primeira vez uma mulher ocupa o cargo de Presidente da República, os políticos brasileiros já estão trabalhando firme e forte para o futuro da nação. Inicialmente aumentaram seus salários, o que já os tornam uns dos mais onerosos parlamentares do mundo.
Esperamos ver com Dilma Russef na Presidência do Brasil a continuidade dos anos que foi possível levar aos pobres mais dignidade num país de alta concentração de renda. No entanto, o que vimos de início foi o mesmo episódio de sempre, o clientelismo entre os parlamentares que visam seus interesses pessoais antes dos interesses do país.
Agora, novo trabalho está dando fôlego aos “nossos” políticos. Estão querendo aprovar uma lei para acabar com a coligação partidária e fazer valer o voto majoritário. Aí pensamos, será que melhora? Isso pode diminuir a corrupção dos parlamentares brasileiros? A verdade é que o voto majoritário servirá para deixar de fora pessoas como o Deputado TIRIRICA.
O palhaço Tiririca incomoda a elite que ocupa as cadeiras das Assembléias, do Congresso e das Câmaras simplesmente porque não atende ao paradigma de político no Brasil: ser sulista, bem educado e rico. Ainda mais quando além de ser palhaço e quase não ter instrução, piora as coisas quando se é nordestino.
Creio que seja esse o motivo para que se tenha proposto o fim das coligações e a volta do voto majoritário, ou seja, aquele que receber mais votos será eleito e não puxará nenhum candidato com a expressividade de seus votos. Tiririca foi eleito com 1,35 milhão de votos e levou consigo outros candidatos com menores pontuações nas urnas.
A Lei, ironicamente, foi intitulada de “Lei Tiririca”. Mais uma piada que envolve a nossa política e, pior, representa o preconceito do incabado conservadorismo brasileiro em meio a apelos de respeito a deficientes e homossexuais.
De uma coisa é certa, é preciso bem mais do que votação majoritária para acabar com falta de moralidade e a corrupção na política. É necessária uma reforma de base, uma reforma que melhore a infraestrutura social partindo de uma educação de qualidade e de uma melhor capacitação de professores. Com uma boa educação vamos chegar ao tão sonhado desenvolvimento dos países de primeiro mundo e deixaremos de ser sempre o país emergente.
Professor Eduardo Fernandes Duarte